16.4.13

Algures entre a bola e o record

Foi correr nos bosques depois de três semanas de imitação da sua yucca elephantipes. Estava mole, as pernas moles, a barriga mole, o soutien mole, a vontade mole, o espírito gelatinoso. Parecia uma velhinha de bengala a correr, passinhos pequenos, um depois do outro, a gostar daqueles filmes franceses onde não se passa nada e de comer comida com pouco sal, o colesterol e tal.. Tudo estava por fazer, outra vez..
A natureza, que também não andava muito apressada, começava apenas agora a fazer pela vida. Quando nas árvores viu os pequenos botões verdes, lembrou-se de quando tinha vinte e muito poucos anos anos e ouviu pela primeira vez este Bachelorette. Embalou-se. Sentiu que tinha em si a força necessária para chegar lá onde queria chegar, sendo que x é variável.
Sem racionalizar deu por si a correr mais depressa, viu-se como numa reportagem dos jogos olímpicos, sentiu a Rosa Mota crescer dentro de si.
Prometeu-se, sem juras de sangue, voltar mais vezes a este lugar. E se tudo o que precisa é apenas de um bom abanão ?
Para além do mais, sente que desportivamente está no bom caminho, já fala de si na terceira pessoa.

2 comentários:

  1. Olá. Hoje deparei-me com uma rara oportunidade de poder escrever-te e não permiti que esta oportunidade me escapasse entre as mãos.
    Não saberás (obviamente) que sou tua fiel seguidora e que bebo as tuas palavras com um prazer que só as coisas de que mais gostamos nos dá. Não só pelo que transmites, mas pela forma como o fazes.
    Não saberás também que as oportunidades que tenho para te ler estão condicionadas a uma forma estranha de ler feeds que a malta do IT da empresa onde trabalho ainda não se lembrou de bloquear. E é por isso que te leio anonimamente e nunca (ou quase nunca) te mando sinais de que há alguém deste lado que aprecia cada uma das tuas palavras.
    Mas hoje o sistema baralhou-se e os acessos afiguraram-se desbloqueados. É uma questão de tempo até tudo voltar ao normal, mas enquanto não acontece sinto-me como uma criança na véspera de Natal. E sinto que te devo dizer que estou por aqui, anónima, a beber as tuas palavras.

    e porque acho que também deves gostar de saber que há quem ache que tu fazes todo o sentido. mesmo quando falas na terceira pessoa...

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    1. Oh Mané, isto agora soube-me como um abraço ao vivo. Obrigada por este retorno e por esta falha no sistema informatico. Beijinhos.

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