Engraçada esta mania das luzinhas e das vacas e dos burros desalojados. Da história da imaculada concepção, que pelos vistos só não funcionou com a minha amiga Joana, quando tinha 16 anos e se viu na situação em que se viu. Das prendas semi-forçadas a que ninguém é obrigado. Mas obrigadinha, na mesma. Das mentiras às criancinhas, coitadinhas, que fazem tudo por nós, até acreditar no senhor que aquela bebida gaseificada inventou. Do trânsito ao final de um dia de chuva, que pelos vistos é mais engraçado nevar apenas no único fim de semana em que estive em Lisboa. Dos mercados de Natal que vendem tudo o que não tem interesse no mundo. Do cinismo que me faz sempre rir, por muito requentado que seja. Dos jantares de família alargada, de que ando sempre precisada. Dos chocolates, do bacalhau, do peru e do muito vinho que vou beber. E do champanhe, também, claro, afinal estamos em França para alguma coisa.
Façam o que quiserem, os crentes, os consumistas, os assim assim e os assados também.
Eu por mim, continuo na minha e faço por apanhar só o que me apetece, como fiz em tempos com as pombinhas da Catrina. Seja como for, a vida é só dois dias, diziam os Maias, e pelos vistos vou passá-los numa festa temática.
Tu tens tanta vocação para o forrobodó - mas é só se não to agendarem no calendário. Vá lá, entra lá no espírito de Natal. Por cá, também não temos neve e lá nos vamos resignando :) HoHoHo!
ResponderEliminarAi, mas o forrobodó aceito-o de braços abertos, desta festa que venham a mim todas as calorias, as luzinhas a lembrar as festas disco que fazia na sala dos meus pais nos anos 80 ao som dos Wham, a bela bebida, aquele abraço.
EliminarA chatice das compras, o stress das organizações, este trânsito e acreditar naquilo tudo é que não, muito obrigada.
Agora, confesso que prefiro um bom forrobodó improvisado.
concordo com tudo. Já tinha imaginado na minha cabeça um texto do género, não tive tempo para o escrever. Mas era algo mais ou menos assim, e começava precisamente pela irritação das luzinhas. Por quem continua a olhar para a época como sempre olhou, coisa que sempre me enervou e agora ainda mais porque acho que não estamos em tempo para isso. Feliz por ter uma criança que diz "não, vamos fazer", quando lhe digo "anda lá, vamos sair para comprar a prenda do pai". E fizemos. À mão. Quanto ao resto é melhor passar ao lado.
ResponderEliminarNão vem de agora esta minha opção de transformar o Natal naquilo que me convém. Não é apenas uma questão financeira.
EliminarMas, com um bocado de jogo de cintura, consegue-se dar a volta à situação e aproveitar apenas a parte positiva desta festa. Fazer em vez de comprar é uma opção. Outra é juntar pessoas de que gostamos, comer e beber o que gostamos, ouvir musica que escolhemos e, se correr como no ano passado, acabar a noite num misto de Natal com fim do ano. A gralha ali em cima tem toda a razão quando diz que gosto de me divertir. O Natal religioso, nõa me diz nada. O consumista muito menos. Mas o Natal que se pode juntar o que se gosta de fazer e simplesmente fazê-lo. Ah, esse venha a mim.
Feliz Natal, diverte-te e faz o que te apetece ! ;D