Caves populaires

Estávamos a fazer tempo, que é uma expressão que muito nos agrada, num café dito proletário, na rue des Dames no 17ème, ali para os lados do bairro Batignolles. Tudo começou com o cartaz na porta onde se pedia aos frequentadores da noite para fazerem pouco barulho, quando vão fumar um cigarro à rua. No cartaz, era Poutine quem nos proíbia excessos decibaicos. A política entrou e anda a entrar em todas as conversas de café. 

Decidimos que se devia começar pelo princípio. Pelo princípio relativo de qualquer coisa, que nenhum de nós é megalómano ou absolutista.

Não fomos muito longe, porque o tempo que estávamos a fazer estava quase a acabar, mas conhecimentos de wikipédia, para conversa de café pareceram-nos suficientes. Afinal, resumindo, à esquerda encontramos ideias progressistas e de igualdade, que têm como preocupação a justiça social. E à direita valores de autoridade, identidade nacional, ordem, segurança e tradição. Os de direita seriam à partida os que têm e querem manter - historicamente, os monárquicod e conservadores - e os de esquerda, os que querem conquistar - resumidamente, o resto do mundo.

E, de repente, veio-nos à ideia tanta gente que anda ao engano com as suas cruzinhas.

Tanta gente que anda a comentar notícias e vidas como se fizesse parte de alguma corte.