7.4.14
Everything you know is wrong
Estamos no parque e as mães falam-me das frases sensatas que dizem aos filhos. Para os motivar. Que têm que trabalhar na escola, para poder ter um bom emprego, que vão passar oito horas por dia a trabalhar, que é melhor que seja num bom lugar. Num bom posto. Numa qualquer elite. Falam-me dos bons liceus, do futuro. De excelência.
As mães falam-me dos filhos.
Sabem que é politicamente incorrecto, dizer que querem que o filho seja médico, ou engenheiro ou um qualquer doutor. E calam-se. E acrescentam que eles é que vão escolher. Claro. Mais tarde. Claro.
...
A minha filha, na escola, é avaliada. Tem sete anos. Por vezes, vem com uma boa nota, dou-lhes os parabéns, às vezes falha redondamente, pergunto-lhe se estava a pensar na morte da bezerra. E rimo-nos. Levo-a à escola todos os dias que tem que ser, vamos de mãos dadas às vezes. Outras, vai a correr à minha frente porque viu uma amiga. Dou-lhe os beijinhos que ela me deixa dar, nem sempre podem ser muitos, que ela tem mais que fazer. E depois venho para casa, ver os filmes do Sir Ken Robinson, ou os da Ana Thomaz, que a Virginia nos mostrou, ou esta carta de um pai e fico a pensar nisto tudo.
A pensar nisto tudo.
A pensar.
Em tudo.
...
Para o ano, os meus filhos não vão para a escola. Ao principio, pareceu-me que isto era um problema.
Comecei em Novembro a ensinar o meu filho de cinco anos a ler. Para ver onde é que nos estava a meter. Fomos cobaias desta ideia. Hoje sabe ler, interpretar e escrever. Não custou nada, nem muito tempo.
Para o ano os meus filhos não vão para a escola, vão andar por ai. Mas agora sei que é uma sorte.
Não é o futuro deles que me preocupa, é o nosso presente que me interessa.
Dizem-me que estão a educar os filhos, para que um dia, eles sejam alguém.
Os meus filhos. Eles já são alguém.
Hoje.
...
E vamos-lhe ensinar os verbos irregulares e as multiplicações e divisões - tudo bem - mas isso vai ser no meio. Porque entretanto, eles vão aprender a ser, a olhar, a duvidar, a experimentar, a escolher, a errar e a descobrir.
Tal como eu. Com quase quarenta anos de atraso. Tal como eu, que também tenho ainda muita coisa a aprender.
A ser.
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Apesar de o dizer deste lugar "confortável" onde me encontro eles têm a idade ideal para o fazer. Que coragem e inveja (da boa) tenho eu dessa coragem. Como gostava de fazer algo assim. Desejo-vos o melhor.
ResponderEliminarDeste lugar, também confortavel, ainda não sai do sofa, aventuro-me a dizer que todas as idades são boas. Haja vontade.
EliminarEna! Espero que partilhes connosco as tuas conversas, que tão bem me fazem, porque há muito quem queira mudar o tom 'das conversas de mãe do parque'!
ResponderEliminarSe soubesses, Silvia, se soubesses. Passo por uma hippie maluca.
EliminarO pior é que sou a mãe que trabalhou no mundo profissional mais agressivo e exigente (pelo menos na amostra de mães ali do parque) e nem assim tenho alguma credibilidade. Resumidamente, o que eu queria encontrar mais na escola, era mais espaço para a criatividade, para a discussão de ideias, para a individualidade, para a experimentação, para o falhanço, para a abertura a novos mundos, para a autonomia das crianças.
E que não fosse sempre o adulto a ensinar, que se desse às crianças também esse papel.
Clap, clap, clap.
EliminarTiro-te muitas vezes o chapéu. Porque eu, deste lado, sempre me achei incompetente e incapaz de ser eu a ensinar. Prefiro deixar-me inspirar por ela, pela sua criatividade. Mas isso de ensinar as ler e a escrever, a tabuada e afins,ficava para a escola. Eu não me achava (acho?) capaz. Para além de que dou uma grande importância à socialização escolar - a Pikitim sentiu muito a falta dela. E foi por isso tudo que decidimos fazer a viagem antes da escola ser "a sério" e de ela entrar para a escola primária. Agora és tu que me vais inspirar. E muito.
Can't wait.
Ai, é exactamente assim que eu ando a pensar. Tenho uma filha de 14 anos numa escola pública que é uma anedota, mas ela tira boas notas porque vem para casa empinar aquilo tudo com o sentimento de frustração de quem sabe que quase lhe nada lhe servirá para alguma coisa. E outra com 3 anos, que me apetece trazer para casa para experimentar algo diferente. Começam a aparecer testemunhos como o teu e eu acredito mesmo que o caminho é esse, pelo menos enquanto não houver uma escola sensata. Perguntei à mais velha se queria tirar um ano para fazer a experiência e ela ficou cheia de medo da solidão, de ficar fora do circuito dos amigos... e com a mais nova, acho que ainda tenho medo. De fazer asneira. De não conseguir chegar para as encomendas. De ficar presa à responsabilidade de a ensinar e sem tempo para ir ganhar dinheiro. Mas ponho-me a imaginar como seria a aventura e acho que se tivesse apoio de mais alguém na família estaria prestes a dar esse passo. Parabéns! Desejo-vos a melhor sorte!
ResponderEliminarPatrícia Protásio
A parte que me faz mais espécie é exactamente essa : a sociabilização.
EliminarTenho visto muitos testemunhos, sobre familias que optaram pela educação em casa, que dizem que existem outras formas de conhecer pessoas e fazer amigos.E acredito que haja. Actividades extra-curriculares, etc, não sei se são suficientes, os meus filhos frequentam actividades destas, falam e brincam com outros miudos, mas nada se compara aos amigos que fizeram na escola...
Este post é uma maravilha.
EliminarMas a questão da socialização não é apenas estar com amigos. É participar num projecto nacional, digamos assim. Assusta-me que alguns pais possam reter os filhos em casa para melhor os controlarem/dominarem e os salvaguardarem do nosso mundo de perdição.
As escolas que eu conheço são sítios que abriram os horizontes dos meus filhos, e seguramente "protegem" os miúdos do espaço de prepotência que a família pode ser.
A questão tem dois lados. Pelo menos.
Tens razão, esta é uma questão complexa que merecia ser mais discutida.
EliminarPor um lado, a separação que o filho precisa ter dos pais, o tempo que precisa apenas para ele, para os seus segredos, para fazer disparates, para testar e errar à sua maneira ;
Por outro, a vantagem de conhecer outras realidades quando se frequenta uma esola publica (e aqui entra não apenas o homeschooling, mas também as escolas privadas);
E depois existem experiências assim, que nos fazem pensar - e ainda bem :
https://www.youtube.com/watch?v=h11u3vtcpaY
A questão deve ter muitos mais lados. Agora ando a sonhar com um conceito que li num dos blogues dos States : a educação hibrida, feita uma parte em casa, permitindo a tal individualização, outra na escola.
O então, que a escola publica estudasse com seriedade as vantagens dos ensinos alternativos, Montessori, Freinet, etc.
mas há solução, é só querer! E lutar! E tenatr, experimentar.
EliminarEm Portugal, a minha miúda frequenta as atividades de enriquecimento curricular (música, ginástica, eyc.) na escola pública da zona, 4 x por semana.
Tb frequenta 3 outras atividades fora da escola. E o nosso grupo de ensino doméstico. e a casa de amigos. e a casa da família. E provavelmente, para o ano, os escuteiros. E com sorte, o conservatório.
Portanto não está 'dominada', nem amputada, por uma visão redutora do mundo através de mim... Obviamente que há mtas outras influências. a diferença é que ela é que escolhe aonde quer estar, que aulas frequentar.
A socialização não me preocupa- adoro estar com amigos e faço por isso ;) Quanto a ela estar na escola 30 e tal horas por semana... náááááá, não lhe apetece!
É mais divertido sair com os amigos para o campo, para os museus, para a praia, subir às árvores e disparatar, com as mães/pais ao longe. E tem 7 anos e até já vai sozinha para a aula de piano, que é mesmo pertinho...
O mundo é deles. A escola não é o mundo (sejamos honestas e politicamente incorretas- não é o mundo para quem nasceu privilegiado...). A escola tem grades, campainhas, e meninos lá enfiados 40 horas por semana pq os adultos precisam- não eles!
Eu não critico, compreendo perfeitamente que as pessoas tenham de trabalhar (e cada vez mais por menos...). Sei que sou uma sortuda por trabalhar a partir de casa, e a meio tempo, para desfrutar o aqui e o agora com ela.
Desculpem o testamento.
Catarina, a desmistificar o HS (homeschooling), ou ED (ensino doméstico), desde 2011 ;)
Não sabia que era possivel frequentar apenas algumas disciplinas na escola publica, pensava que era ou tudo ou nada, com faltas de presença como ameaça.
EliminarPor acaso não queres partilhar a tua experiência com mais detalhes ? Por mim falo, quando te digo que não tenho informação nenhuma acerca do ensino doméstico.
Os meus filhos não vão à escola para o ano, apenas porque vamos fazer esta viagem, não tinha (pelo menos ainda) sequer pensado em tira-los da escola estando em casa.
Porque a questão da socialização me preocupa muito, entre outras razões. E vejo que a relação que têm com os amigos da escola é privilegiada, em comparação com a que têm com os "amigos" que encontram nas actividades fora da escola, ou mesmo com os vizinhos.
Mas realmente essa ideia de liberdade, de se escolher o que se quer aprender e quando é muito aliciante.
Peço-te, por isso, um testamento ainda maior. Tens um blogue ou outro suporte onde ja divulgaste essa vossa experiência ?
Protelar é o meu 2º nome ;) Ando há anos pra fazer um blog, ai.
EliminarUm dia destes marcamos uma reuniãozinha pelo skype, se estiveres mesmo interessada.
(E sim, estou a protelar o trabalho. a minha filha com potenciais problemas de socialização foi a uma oficina de páscoa hoje de manhã, na biblioteca pública cá da terra, com uma amiga. à tarde veio outra brincar cá para casa, que já se foi. agora está com a amiga nº 1 a ver um filme. com legendas (conta como língua portuguesa?!). Amanhã vamos à praia com amigos. E na 6ªf vem outra miúda cá pra casa. Uff, e isto numa semana 'calma', sem atividades extra, que estamos de férias. Teremos uma grande caçada aos ovos da páscoa daqui a uma semana, com vários amigos. Entretanto iremos passear a Lisboa. Na loucura, tb iremos encontrar-nos com mais amigos, grandes e pequenos. Bichos do mato? Devemos ser, sim :)))
Bjnhs Catarina
Vai valer tanto, tanto a pena, que não compreendo por que é que o mundo inteiro não é feito de famílias e tribos semi-nómadas a aprender a viver andando por aí. Eu ainda arranco os meus da cadeira, ai arranco, arranco. Entretanto, tivemos a "sorte" de ter encontrado uma professora que também é viajante ávida e sabe dar valor a outras coisas para além dos verbos irregulares e das contas em pé. É o meio termo possível de momento.
ResponderEliminarOs meios termos são excelentes na maior parte do tempo. Esta nossa "aventura ou "fase" vai durar apenas um ano, a seguir espero encontrar um bom meio termo.
Eliminar"Hippie maluca", o tanas. Boa sorte :)
ResponderEliminarUm bocadinho, talvez, mesmo assim. ;)
EliminarPois eu ando a contra-relógio, estou cansada de não ter nada fixo, a única coisa fixa nestes últimos 20 anos foi o meu companheiro e pai dos meus filhos, estou farta de mudar de casas e cidades, de empregos, de planos inacabados, de nunca começar realmente nada nem fazer grandes amizades porque "se calhar nem vamos ficar aqui muito tempo"...agora quero uma casa com jardim, ser eu a escolher os móveis, desencaixotar as minhas coisas que andam por aí em garagens alheias, comprar uma tv grande, um carro, etc etc (,http://www.youtube.com/watch?v=t0D4ekTODuA ) Vou mudar de país outra vez e esperamos que agora é mesmo de vez, até porque os miudos precisam (?) da estabilidade de um lugar, mas as escolas que ando a ver assustam-me, rankings, fardas e afins! Respiro fundo e penso que a escola é só uma pequena parte da vida deles, que se pode conciliar com toda a outra vida que nós pais lhes damos, a escola ensina, eu educo-os... e agora o meu filho disse-me com o ar mais sério do mundo "Mamã sai do computador! olha a minha cidade." ...vou ver...
ResponderEliminarPercebo perfeitamente o desejo de estabilidade depois de muito vai-vem. Mas percebo ainda melhor o teu filho, esta coisa dos computadores pode ser muito viciante.
EliminarA mim preocupam-me outros aspectos da educação em casa. Tirei recentemente o meu filho de 3 anos da escola. Tenho pensado muito a sério sobre mantê-lo em casa a estudar mas, ele precisa de brincar com outras crianças, é bastante sociável e adora brincar. Ora, isso eu não posso dar-lhe. Não tenho crianças conhecidas, perto, as que conheço passam o dia na escola, não há qualquer tipo de centro de actividades para crianças que não estão na escola. Um sítio onde pudesse ir 2 tardes por semana brincar. Não o aceitam no judo, no yoga, na ginástica, é muito pequenino..
ResponderEliminarSinto por isso falta de um bocadinho da comunidade que se juntasse a nós :)
Pois é, esse é o grande problema. Talvez seja caso de se criar uma comunidade na net para identificar e reunir as familias que optaram por esta via.
EliminarE já há! A MEL- movimento educação livre- tem juntado e fomentado as Famílias em rEDe ;) espreitem www.educacaolivre.pt
EliminarFui ver o vosso site e fiquei surpresa, tanto mundo desconhecido. Por acaso, não têm nenhum encontro previsto para Julho ou Agosto ?
Eliminar(Confesso, que uma das coisas que me assustam na divulgação do ensino doméstico é a falta de falhas que mostram. Mas talvez, seja, porque a maior parte dos blogues que leio sobre este assunto são dos States e talvez haja uma maneira diferente de comunicar que a mim me parece demasiado optimista. Para além de saber que não existe a perfeição, também a falha em si é um processo que me interessa : eu quero falhar, pelo menos de vez em quando e assim ter a certeza que sou humana e tenho espirito critico para o reconhecer. ;)
A ausência de divulgação de experiências que falharam, faz-me ficar de pé atras.
Mas compreendo que devem ter o mundo quase todo contra, e que tal iniba a mostrar erros).
Ah! Temos um encontro anual, no outono... Mas, moça, não te inibas de nos enviares um email pq há sempre encontros semanais de várias famílias com miúdos em ED por essas bandas...
EliminarSe bem que em julho/agosto o natural é estarem mais parados.
Mas envia um email para geral@educacaolivre.pt ok? Ah, e há mtos grupos portugueses de pessoas interessadas/'praticantes' em ED no FB. Alguns públicos, outros secretos. Olha, temos de falar no skype um destes dias (noites, vá, que os dias costumam ser cheios!), e eu conto-te os podres todos ehehe
No entanto, pensa lá, o pior que pode acontecer é voltarem para a escola, certo? Por assim dizer, ao ponto de partida. Nada é definitivo... ;)
Cat
E há a Escola da Ponte, uma maravilha!
ResponderEliminarhttp://www.escoladaponte.pt/site/index.php?option=com_content&view=article&id=81&Itemid=537
Sim, a escola da Ponte. Não percebo, não percebo porque é que não é fonte de estudo e de inspiração para a escola publica nacional.
EliminarA escola da Ponte é pública!!!!!! Mas n interessa a ninguém miúdos independentes, capazes de tomarem decisões e contestatários, que fujam à normalização acutilante das escolas.
EliminarDigo eu, sei lá.
os meus filhos andam numa escola pública no centro de Lisboa (S. José) que adota, em parte, um conjunto de práticas semelhantes à Escola da Ponte: por exemplo, todas as semanas há uma assembleia, com um representante de casa turma (escolhido semanalmente pela turma), para debater os problemas da escola. esse representante depois discute em turma as conclusões a que chegaram na assembleia. Por regra, os professores adotam o método global e, em ambiente de sala de aula, há bastante trabalho em grupo e com autonomia. A Associação de Pais tem uma participação muito forte na Escola e é responsável pelas atividades extracurriculares, por exemplo. Os miúdos já foram uma série de vezes à cinemateca (ver o Anikibobo, por exemplo!), a teatros e exposições. Está longe de ser uma escola perfeita, mas sinto que é um espaço de liberdade para os miúdos, em que é valorizada a criatividade e autonomia de cada criança. No meu caso, eu gostei tanto do meu percurso escolar (sobretudo por todas as atividades que não faziam parte do currículo - o teatro, o grupo de poesia, os campeonatos de volley, os amigos que criei e que continuam a ser o meu porto de abrigo), que não consigo imaginar o ensino doméstico... Acresce que, atualmente, o currículo do 1.º ciclo é bem mais interessante do que no nosso tempo, sendo o desporto e as artes, por exemplo, valorizados. Estou desejante de ver a V/ experiência de viajar/viver... será sem dúvida memorável (e como eu gostaria de o fazer!).
EliminarSim sim, há algumas escolas que fogem à regra... e é tão bom quando descobrimos uma, não é? :)
EliminarA professora da minha filha ensina com o método natural e dispensa os habituais livros escolares. Segundo ela cada criança já traz alguma "bagagem" das suas vivências e isso é para aproveitar. Cada aluno tem um caderno a que chama PIT (plano individual de trabalho) e vão fazendo coisas diferentes cada um ao seu ritmo o que faz que cada caderno seja único. Achei curioso numa escola pública haver liberdade para um método alternativo ao convencional mas decerto que terá de seguir algumas indicações do programa habitual. Já estão no 2º ano e sabem o mesmo ou mais que a outra turma do mesmo ano.
ResponderEliminarOu seja, é uma espécie de lotaria, os nossos filhos podem calhar com um professor alternativo que respeita a individualidade do aluno, ou completamente psico-rigido e é tudo corrido a chapa cinco. Não era bem isto que eu tinha em mente quando falava de igualdade de oportunidades no ensino publico...
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAcho uma óptima ideia a de ir um ano aprender através dos cinco sentidos. Consigo imaginar o impacto que terá na vida dos seus filhos, impacto esse super positivo. Uma coisa é decorar o que está nos livros outra é vivê-la. Irá ser algo emocionante, único, que fará inveja a muitos amiguinhos :)Em relação a tirar as crianças da escola e ensinar em casa:Por muito que me emocione a ler "carta à minha filha" e concorde com aquilo que é descrito, não sei se conseguiria substituir uma professora. Discordo de muitas das opções que são feitas pelas professoras das minhas filhas mas daí a achar que conseguiria substitui-las... Elas estudaram e têm experiência de ensino. Eu sou uma mãe de três filhotas de 6 meses, 4 e 6 anos, curiosa e desejosa de educar as minhas filhas da melhor forma possível. Compro vários livros sobre o assunto (pediatria, educação, desenvolvimento da criança, etc) leio artigos de opinião, blogs, entrevistas, vejo reportagens... mesmo assim não me aventurava. Tento complementar de outra forma. Vamos ver teatro, concertos, leituras, passeamos em parque, jardins, praias, combinamos com amigas e participamos em variados workshops...Apesar de ter muita vontade de as ensinar, de as adorar profundamente, sinto que é importante aquele tempo em que estão na escola. Ajuda à socialização, aprendem a lidar com aspectos positivos e negativos (amigos mais simpaticos que outros), a separação traz saudades de casa no final do dia.Agora, acho fantástica a opção de viajar durante um ano. Quem me dera poder fazê - lo. Boa sorte e muitas experiências e alegrias.
ResponderEliminarAcima de tudo, quero ter mais informação sobre outras formas de educar. Todas as alternativas me interessam. Decidir, seja o que for, ou não colocar em questão o que se vive, é que me parece estranho. Agora, isto não quer dizer que se embarque em todas as revoluções. Mas uma mente aberta nunca fez mal a niguém. ;)
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