27.11.13

O melhor



Como todas as mães, eu quero o melhor para os meus filhos. Como todas, eu tenho uma ideia, mais ou menos precisa, do que o que considero o melhor, para os meus filhos. E como qualquer mãe, ainda não atingi o melhor que quero para os meus filhos, pelo menos, não na sua totalidade. Mas ando a fazer por isso. Como todas as mães.
Eu, também, ando à procura.
Pareceu-me, hoje, que encontrei algo. Pelo que partilho mais um caminho possivel.
Para o ano, a nossa vida vai mudar. Vai ser uma mudança que vai durar um ano. Ainda não falei dela aqui, porque ainda não sei muito bem por onde começar. Tudo a seu tempo.
Mas no ano a seguir - no final de 2015 - onde vou estar e quem vamos ser, é algo que me preocupa, e é algo que deixa muitos caminhos em aberto. Pelo que procuro. Pelo que exploro.
Pistas.
Afinal de contas, entre o que quero para os meus filhos e o que estou, realmente, disposta a fazer, onde e como iremos viver ? Entre o que os nossos/vossos filhos vivem e o que gostava/gostavamos que vivessem existe uma diferença. Qual é a parte do "tem que ser" que tem mesmo que ser ?

Todas as fotos são de Alain Laboile, da série "La famille".

Posts a ler antes de vender tudo e partir para uma vida no campo :
1 -
Ideais de campo, ideais de cidade
2 - Unos pican otros non ou como os agricultores com smartphone é outra coisa
3 - Todo o "à procura de Walden"
4 - E, claro, a Graça Paz

40 comentários:

  1. Respostas
    1. Oh, é mais receio e superstição do que outra coisa. Preciso de bater na madeira umas quantas vezes e logo avancerei. ;)

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  2. Conta tudo, conta tudo, conta tudo! Austrália? Chile? Santiago do Cacém? De onde vamos receber postais ilustrados?

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    1. Agora quero falar de 2015, bem sabes que este é um blogue do futuro, sempre dois passos à frente.
      Mas gostava mesmo muito de saber o que seria, para ti, o melhor para os (teus) filhos.
      Porque existem parte da vida dos meus filhos, em que eles não vivem o melhor que achava que deviam viver. Por exemplo, estão muito longe dos meus pais. E estou aqui a tentar perceber a diferença entre a importância que isso tem e a que lhe dou.

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  3. quando regressarem já a mudança se deu . regressarão a um sítio diferente e diferentes , mas isso agora não interessa e nada- cada "stress" a seu tempo. E no fundo é isso , o stress e as pressões económico-socias são o pior que existe para nos afastar das vidas que todas queremos e desejamos para nós e para os nossos filhos. Eu estou a anos luz do que me faria feliz sendo que a questão principal é não ter resposta para o que é "que tem mesmo de ser"? longo suspiro...e um beijo

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    1. Não concordo com cada stress a seu tempo, não gosto de stresses e, por isso mesmo, estou aqui a tentar perceber o que fazer para evitar um stress futuro. Depois existem as pressões economicas, sim, que tento limitar a todo o custo, limitando despesas fixas ao minimo que consigo. Mas financeiramente, o que poderia dar aos meus filhos que não dão porque não posso não me parece muito importante : uma casa maior, uma empregada que nos arrume e nos permita ter mais tempo livre, etc. Não me parece essencial. Assim como assim, sou contra colégios privados, consumismo, e nem sequer gosto muito de coisas caras.

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    2. Acho que não me fiz entender...e acho que estás a stressar antes do tempo, por isso disse para relaxares e pensar em cada coisa de cada vez num ano tudo muda ou pode mudar. Quanto às pressões sociais e económicas a que me refiro são as que limitam a escolha entre viver na grande cidade, com a corda apertada ao pescoço e viver livre no campo...o essencial para mim não é o mesmo que para todos os outros , mas isso não interessa nada quando vivemos em sociedade. Sou um bicho do mato frustrado, essa é que é essa ;-)

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    3. ah e também sou um pouco invejosa...quem me dera ter uma família grande e chafurdar na lama, como a dita família aqui em cima....:P

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    4. :) Também pensei nisso, eu que estou tão satisfeita por ter dois filhos, pensei pela primeira vez que seria mesmo uma boa ideia ter uma catrefada de filhos. E a parte de chafurda na lama é, evidentemente, fundamental.
      Tudo pode mudar, mas se ficar sossegadita a fingir que não é nada comigo, 2015 chega num instantinho e come-me num abrir e piscar de olhos e ficaremos todos na mesma. Como a lesma. E eu quero lama na minha vida !

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    5. mas aí é que está, 2014 vai ser "chafurdar na lama" até mais não ;-)

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    6. Olha que não sei, olh que não sei. Chafurdar na lama é bom, mas na condição de se ter um duche por perto. Que eu sou muito pelo flower power, mas também não sou fanatica.

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  4. Eu acho que o que eu penso que seria melhor para a minha filha é o que me dá, a mim, mais conforto e não necessariamente a ela. Por exemplo, gostava de poder ficar em casa com ela até fazer 3 anos. Mas ela está na escola e todos os dias recebo por mail fotos das actividades e macacadas que andam a fazer e percebo claramente que está muito bem entregue (e que se ficasse em casa comigo todas as horas do dia não se ia divertir metade do que se diverte lá). Mas para mim, isso seria o ideal. Também gostava que crescesse perto dos avós (ou serei antes eu a ter saudades deles?) e que não gostasse tanto de chocolates (será porque depois acabo sempre também a comer um?). O melhor para os nossos filhos é que eles saibam tornar melhor aquilo que podem ter, que está ao nosso alcançe dar-lhes. O que de melhor me acontece está fora do meu controlo, e do controlo do resto do mundo. É a forma como me sinto por dentro. Acho que o melhor para os nossos filhos é serem felizes. por dentro.

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    1. Genial. E como é que fazemos essa coisa de "dentro" ?
      Percebo perfeitamente o que dizes e seria impossivel discordar, ja vivi em condições "ideias" e fui infeliz e vivi em situações não recomendaveis nem a cardiacos, nem a seres humanos com tudo em cima e fui feliz.
      Mas, mesmo assim, deverão haver, de certeza, situações que nos e lhes permita ser mais flexiveis e abertos em relação àquilo que vivem ou têm.
      E depois, o melhor para mim é muito importante também para eles, nem vale a pena tentar ter filhos felizes, quando estamos a mergulhar numa vida que nos frusta.

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    2. Verdade, verdade. Essa coisa do dentro é mesmo estarmos numa vida que nos dá uma pica incrível. Também eu já vivi esse paradoxo do ser feliz com pouco e ter muito e sentir-me miserável. Fazer o que gosto com pessoas que me motivem, ver coisas que me inspiram, acordar todos os dias com o sentimento de 'epá, é hoje!' e nem eu sei bem ao certo o que esse epá significa... é viver com a certeza de que vamos morrer. E por isso bem mais vale viver com vontade.

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    3. Sim, sim, sim. Digo isso muitas vezes e muitas vezes gozam comigo e chama-me de gotica, mas é isso mesmo, pensar-se que vamos morrer e que é agora ou nunca !

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  5. Disseste tudo na resposta à Rita. O melhor para os meus filhos seria terem uma mãe menos frustrada.

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    1. Tu vais conseguir, tu vais conseguir. Go Calita go. Bolas, se tu não conseguires, quem vai conseguir ? é toda a humanidade que depende de ti.

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  6. Agora desconcertaste-me: eu achava que estava mesmo a fazer o melhor para eles. O que inclui colocá-los à minha frente, na lista de prioridades. Será que o facto de isso implicar alguma frustração para mim me torna, afinal de contas, uma pior mãe...?

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    1. Desconcentração é precisa, minha cara. Mas tu não contas, tens montes de actividades extracurriculares, deves ser a mãe mais equilibrada que conheço.

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  7. Queria para os meus filhos uma vida mais integrada da natureza onde eles aprendessem a cuidar da terra, das plantas, árvores e animais. Só os vasinhos de hortelã e morangos à janela não me chegam. Invariavelmente o meu marido pergunta: e do que vivíamos nós no campo? E com tudo isto os meus filhos já têm 8 e 7 anos. Também gostava para eles e para mim de viver mais em comunidade e entre-ajuda, onde todos fossemos receptores e transmissores de saberes mas o sentido de propriedade e privacidade ainda é muito grande na nossa sociedade. Não conheço ninguém a quem pudesse desafiar a partilhar um terreno, uma quinta sem virem todas essas questões à baila.

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    1. Curiosamente, o Vítor escreveu hoje um post giro na Travessa do Fala-Só sobre essa ilusão dos prazeres da vida no campo.
      E já há muitos anos alguém me dizia que aquilo a que chamamos, com algum idealismo romântico, "aldeias comunitárias", não é mais que uma maneira de reduzir os conflitos. Por um bocado de água se dá uma valente sacholada na cabeça do vizinho!
      Na Alemanha alugam talhões de terreno junto (ou mesmo dentro) das cidades para as pessoas terem a sua hortinha de fim-de-semana. Mas também aí há problemas com os vizinhos (o Kaminer tem um livro divertidíssimo sobre isso).

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    2. Lembro-me sempre do que os meus avos e sogro (que começaram a vida no campo) me diziam, quando lhes falava deste meu "sonho". Mas a realidade, e por muito que seja dificil a vida da terra, algo de positivo deve ter, que continuam sem precisar a "trabalhar" nos seus jardins. Podiam muito bem ter aplanado aquilo tudo a calçada portuguesa ou a azulejos, que são muito mais faceis de lavar.
      O que queria para os meus filhos e para mim, seria ao menos a experiência de se tentar conciliar a vida de campo de antigamente, com as vantagens que temos no presente. A tal internet, as tais maquinas e o tal emprego paralelo que nos assegurasse o que a Terra não faria. Viver da terra exclusivamente não me apetece, mas viver mais perto da natureza sim. Sim, sim, sim.
      Agora vou ler o Victor. E esperar que esse Kaminer seja traduzido. E que haja festança na altura do lançamento. E depois todos a plantar batatas, que vai ser uma Alegria ! :D

      E ainda hei-de chamar aqui a Dora, do Locais habituais. Mas agora vou fazer o jantar, com os legumes que outros andaram a tratar.

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    3. Também tenho de ir fazer o jantar (gulp!) mas tenho estado aqui a pensar: e que tal uma casinha nos arredores da cidade, com um jardinzito feito horta?

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    4. Boa, assim, tipo, nos arredores de Berlim ? E a lama, vai haver lama ? Esta parte é importante para mim.

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    5. Ontem à noite tinha escrito outro comentário, mas se calhar adormeci antes de enviar....
      A minha ideia pode parecer muito cor-de-rosinha e sei que andamos há gerações a fugir da vida dura do campo. Mas na verdade nas cidades a vida também é dura, e às vezes tão sem sentido com trabalhos tão idiotas. Gostava de experimentar trabalhar no duro, sair-me do corpo, ter um resultado visível e palpável do meu trabalho (com lama e tudo).

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    6. Eu sei, eu sei, estavamos apenas a dar outro ponto de vista, para refletirmos e, quem sabe, materializarmos um pouco mais este ideia. Este também é um dos meus sonhos, por isso, compreendo-o e acarinho-o.
      A vida na cidade pode ser muito dura. Posso mesmo acrescentar desumana. Trabalhei durante muito pouco tempo, depois de ser mãe. Não aguentei. Por todas as razões - nada fazia sentido. Parei, por isso. Mas assumi muitos compromissos, quiz ser razoavel. Continuei no mesmo lugar, na mesma cidade, a mudar "apenas" a minha vida profissional. (Em vez de mudar, ler aniquilar).
      Trabalho fisico, ver resultados. Ser mais honesto com a nossa condição.
      Mas, até agora, limitei-me a ir frequentemente a uma quinta colher legumes e frutas com os meus filhos e a ler na diagonal Henry David Thoreau.

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    7. Sim é mesmo por isso que eu gosto de vir aqui e ganhei coragem de escrever qq coisa, para haver uma conversa e não um simples like. Talvez tenhamos de mudar essa ideia que todos temos de ter uma vida profissional, pelo menos da forma convencional. Mas às vezes parecemos um D. Quixote a lutar contra essas ideias feitas. Não conheço o Henry David Thoreau, vou pesquisar.

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    8. "Fui para os bosques viver de livre vontade,
      Para sugar todo o tutano da vida…
      Para aniquilar tudo o que não era vida,
      E para, quando morrer, não descobrir que não vivi!"

      O livro em questão é o "Walden ou a vida nos bosques"

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    9. Carla, pode ser Berlim, sim. Aí na tua terra as cidades não têm arredores?...
      Desde a revolução industrial que nas grandes cidades alemãs há talhões que as famílias podem alugar por muito pouco dinheiro para terem a sua hortinha e o seu pomar. Até têm casinhas de apoio, para um pouco mais de conforto quando vão para lá trabalhar o dia inteiro.
      E parece que agora há umas empresas (às tantas são pessoas do self-employment) a pegar em terrenos de parques mais ou menos mal utilizados para alugar talhões a agricultores de fim-de-semana. Uns amigos meus entraram nisso. Pagaram quase 200 euros para uma época de cultivo, tiveram as sementes e todo o apoio logístico e de know-how, e passaram a primavera e o verão todos contentes a brincar ao avô da Heidi. Ou assim. Não lhe ficou mais barato que comprar os legumes no mercado biológico, mas andaram cansados, felizes e orgulhosos.
      Se quiseres, com jeitinho talvez te arranje uns portugueses perto de Paris que disponibilizem para vocês um talhão no quintal deles. Ainda por cima são do Minho, sabem o que é preciso fazer para os legumes crescerem.
      Talvez fosse um começo.
      (Eu ponho-me a rir das tuas ideias que me parecem malucas, dou-te sugestões de pequena burguesa, mas depois vou dar uma voltinha pela internet e descubro que tu, como de costume, vais muito mais à frente.
      http://youtu.be/FN_zYk2KIDU )

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    10. Aqui também existem pequenas hortas, acho uma excelente ideia, mas não me parece ser coisa para mim, cada vez mais acho que os compromissos são boas soluções para quem vai viver eternamente. Não sendo o meu caso, idealmente, procuro a melhor solução possivel e depois logo trato da logistica (detalhes). Eu quero muita lama. Toneladas de lama. Quando vamos à Bretanha, costumamos ir a uma quinta biologica buscar leite, manteiga, às vezes, carne. O senhor deixa-nos fingir que ordenhamos as vacas e andamos muito felizes. Cheios de medo de sermos pisados ou de pisar alguma coisa, mas felizes. Os filhos dele e os nossos a correr mais do que a interessar-se pelos animais, mas isso são outros assuntos. E depois ele vem-nos com os problemas de equilibrio financeiro, de vedações que estão sempre a precisar de manutenção, de regras exageradas de higiene, de abate e não sei quê, etc. E eu vejo-lhe o brilho nos olhos. Eu gostava de ter esse brilho quando falo dos meus problemas. Ja o tive quando não dormia à noite por causa dos meus filhos e andava a cair, agora ando sem saber de que me queixar a sério, e tenho receio de continuar nesta vida de dondoca (que agora é o que é, verdade seja dita) ou pior, voltar a trabalhar em publicidade. São modos de vida honestos, não digo que não são, mas não me vão nunca dar brilho nos olhos. Nem sequer quando não me trazem problemas. E eu preciso tanto de problemas, como de brilho.

      (Ja esta ideia de Detroit é uma excelente iniciativa.)

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  8. O melhor que estou a dar aos meus filhos (e tenho a certeza que estou) é espaço para crescerem para o mundo. Dou-lhe toda a liberdade controlada que o meu coração de mãe aguenta e enxoto-os para o mundo. Faço enormes sacrifícios para lhes abrir as portas que a sociedade em que vivemos não abre (proporcinando-lhes, por exemplo, a formação artistica que a escola publica não dá) e anulo muitas vezes os meus desejos em função do que sei que vai ser melhor para eles - terem os horizontes muito abertos e um enorme espaço para sonharem e para se superarem.

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    1. Não tenho duvidas acerca do prazer que gozamos, quando lhes damos o que achamos que é melhor para eles. Nem duvido da felicidade que usufruimos ao ve-los felizes. O pior é quando começamos em freestyle e perdemos de vista o nosso proprio interesse. Frustação. Mas existe um equilibrio (muito desejado) em que nos sacrificamos conscientemente para lhes dar o que consideramos importantante, e que se não for em demasia, se consegue atingir o Shangri-la familiar.

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  9. assim agora de repente só queria levá-los de bicicleta à escola era já um princípio para arrastar outras coisas....e talvez até consigamos estar perto disso se tornar exequível....e depois mais uns "pequenos" pormenores como o pai por perto ( mas isso são outros quinhentos) ...sou pessoa de pedir pouco....

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    1. Não tinha, ainda, captado que tinham vindo para Portugal sem o pai...
      Não gostaste da experiência "emigreza"?

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    2. tive licença de um ano....que acabou...faltam sempre coisas nos dois lados :) provavelmente em todos os lados eheheheh gosto muito do mundo e por ai fora mas também gosto muito de voltar para este canto cheio de problemas mas ...bem...mas....para alem de marido e filhos tenho com a minha irma uma relaçao muito umbilical...basicamente sou uma fraca, precisava de mais coisas na mala para conseguir ficar ou então ter ficado em 2000 quando ainda não haviam filhos e sobrinhos...a verdade verdadeira e pensando bem é que se calhar sou um bocadinho mais feliz aqui com menos e numa porcaria de um pais que não funciona nada bem....

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    3. é mais coisa menos coisa, algumas nuances diferentes, isto: http://quadripolaridades2.blogspot.pt/2013/10/o-que-e-que-ainda-ai-estas-fazer.html
      ou me escurraçam ao pontapé ou vamos continuar a tentar procurar uma soluçao para voltar...

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    4. :)
      Uma relação umbilical pode ser afectada pela distância ? Pode moer, e moi, mas não quebra. Sei do que estou a falar. Podia bem viver sem essa moinha (por vezes gigante).

      Percebo, percebo tudo, apesar da diferença na escolha. E percebo ainda mais a parte do filhos nos empurrarem para o nucleo. Não tem nada a ver com fraqueza, talvez uma questão de prespectiva, isso sim.

      Quanto a Portugal e à economia, havendo o essencial, o resto são detalhes. A quem falta o essencial...

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  10. Eu digo sempre que a unica coisa que me falta é tempo. Tempo para a casa e para a familia. Um destes dias tive essa conversa com o mais crescido e ele disse-me muito rapidamente: mãe, eu estou bem.
    Fiquei a matutar na resposta... essa minha necessidade de tempo é mesmo porque acho que eles ficavam mais felizes...ou seria eu que ficaria mais feliz? Dá que pensar.
    Caindo no maior dos clichés estou à beira de concordar que realmente mais importante que a quantidade é a qualidade do tempo que lhes(nos) dedicamos.

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    1. Sem duvida que a qualidade é mais importante do que a quantidade.
      Mas é verdade que é mais facil ter-se qualidade, quando se tem também quantidade. Temos sempre momentos menos bons, mas se tiveremos depois tempo suficiente para pensar, compensar ou mudar, mais facil. Eu, que devo ser a pessoa mais longe da perfeição que conheço (note-se aqui uma algo exagerada modéstia, mas apetece-me) gosto de saber que mesmo que erre, depois vou ter tempo para pensar e reagir logo a seguir. Se tivesse menos tempo, teria que ser mais esperta, para aproveitar o pouco tempo que teria.
      Desejo-te esperteza.

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