22.7.13

Intersecções e outros cruzamentos


Descia a calçada de São Francisco, leve e saltitante. Um eléctrico passou. Uma vespa apitou. Acenei-lhe. Tínhamos estado num segredo bem guardado de Lisboa, falado sobre muita e pouca coisa e feito planos para depois.

Muitas vezes me questiono sobre o que aqui escrevo e como. Mas, mais vezes ainda, acabo por publicar rascunhos sem certezas do que faço. A minha cabeça não é o meu orgão mais forte. E ainda bem que assim é. Muito mal me fiz, e ainda faço, ao quebrar a espontaneidade que ainda me resta.
A mim, a ingenuidade, a inconsequência possível e um pratinho de arroz de pato !
Escrevo, por isso, repetidamente acerca de uma celebração - muitas vezes gastronómica - dos encontros felizes, que tenho feito e que ainda farei. Não fossem eles, e viria sempre à terra ver as pessoas do passado a transformar-se em presente. E que bom que isso já seria. Mas eu tenho mais.
Compreendam, não pertenço a nenhuma religião, não pratico nenhum ritual dos Estates que englobam perus, nunca fiz uma viagem iniciática, pelo que me resta explorar a magia da intersecção real entre www e uma boa sangria.
Tenho tido sorte, sido abençoada e me sentido uma espertalhona. Vou jogar no Euromilhões, dar uma moedinha num santinho e continuar a seguir esta construção de um novo presente. Desejo-nos uma boa continuação.

2 comentários:

  1. um brinde aos segredos partilhados entre duas estranhas que afinal parece que se conhecem desde sempre. Outro, à espontaneidade de muitos outros encontros ,cruzamentos ou intersecções , aqui ou acolá. Aliás, até já! *

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