27.2.13

Uma verdade

Por causa de greves, doenças e outras eventualidades, tenho passado mais tempo do que é habitual com os meus filhos. Os meus filhos. Seres humanos que amo com todos os clichés e originalidade de que disponho. Humanos que têm vindo a crescer mais depressa que previsto. Seres que quase já não precisam de mim.
Também por isso tenho escrito tão pouco. Na verdade, não sei escrever sobre a maternidade. Na verdade, por muito tempo pensei que não sabia, sequer, viver na maternidade. Estava enganada. Assenta-me como uma luva.
Podia acrescentar, que tinha sido pena ter perdido uns poucos dedos, no entretanto. Mas seria mais uma desculpa do que outra coisa.

7 comentários:

  1. Quase que me atrevo a dizer que estamos sempre a ganhar, mas não posso, porque não tenho aqui madeira à mão e esta semana ando muito supersticiosa.
    Dois pontos e um final de parentesis para tu também, Sofia.

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  2. "Na verdade, não sei escrever sobre a maternidade. Na verdade, por muito tempo pensei que não sabia, sequer, viver na maternidade." Eu ainda não saí daqui, espero descobrir que estava enganada e continuar com os dedos todos. Com as unhas muito roídas e mal tratadas, mas com os dedos todos.

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    1. Depende dos dedos, temos alguns que pensamos que são essenciais e até são acessorios. Também não nos podemos apegar às coisas assim.

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