São rosas, meu senhor !

Eu estava feliz da vida por estar em Portugal e por ter conseguido convencer a minha mãe que tinha vindo por causa de coisas sérias e burocráticas. Ela ficou profundamente satisfeita porque, finalmente, eu estava a dar indícios de querer começar a assumir responsabilidades. E o que a minha mãe pensa de mim é realmente importante. Sem qualquer relevância, é se a causa deste pensamento é verdadeira ou não.
Evidentemente, o que me levou à terrinha foi a curiosidade de ver a Russendisko em Lisboa. O que é, isso sim, uma boa razão para se apanhar um avião. Isso e ganhar o campeonato do salto mais alto. Foi canja.
Feito isto, hoje, logo pela manhã comprei rosas para dar uma força ao PS francês, nunca vivi em França com um governo de esquerda e já que não posso votar, ao menos posso apelar ao simbolismo. Quando cheguei a casa percebi que era dia da mãe em Portugal e que estava a ser a primeira filha a dar um presente à minha. Nunca percebi esta tradição de se dar flores às mães em dias fixos, mas desta vez, não me posso queixar, que acabei por fazer boa figura. Nem sei como. Só por isso, o Hollande já está a marcar pontos. E espero que continue a marcar muitos mais, apetece-me mesmo muito acreditar que este é um sinal que a mudança vai começar.
Agora, de repente, apetecia-me estar na Bastilha.
Entretanto, já ouvi dizer que o Sarkozy vem estudar engenharia para Lisboa.