12.12.11

Vertigem (sem o Brad Pitt desta vez)

Da última vez que senti esta vertigem foi quando vi o Estranho caso de Benjamim Burton. E nem sequer estou a falar daquela cena em que vemos o dito Pitt de costas sem calças. Nem cuecas. Nem ceroulas. Uma vida a passar-nos à frente, o mesmo princípio, o mesmo fim.
Há alguns anos comecei a escrever a história dos meus três avôs vivos, entretanto, vou esgravatando para trás, acumulando datas de princípios e de fins, algumas histórias dispersas e fotos. Da minha bisavó devo ter umas dez fotografias, uma enquanto criança com o pai em pose à frente de um fotógrafo de Alcântara e depois já mãe na praia em Moçambique. Num dia contaram-me o resumo da sua vida, conheço como e onde começou e como e porquê parou. Assim, num estalar de dedos, uma vida. Paixões. Amores. Desilusões. Algum desperdício.
A vertigem é acelerada pelas datas, mas se fico realmente sem rede é por causa do meio. Da parte do meio que me falta até ao fim. E do desperdício que não vou saber evitar. Dos meses, das semanas, dos dias, dos minutos.

3 comentários:

  1. oh pá (juro que tinha aqui um palavrão, para veres como estou bem comportada) deixaste-me com um nó no estômago!
    No fim é mesmo isso: nasceu, casou uma, duas vezes, ou nunca casou. Teve ou não filhos e netos e morreu.
    Depois há os outros, claro, os que contam para a História...

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  2. Peço desculpa pelo que se passou com o teu estômago, espero que estejas melhor. Nunca pensei que fosse contagioso a este ponto. Vou tratar imediatamente de pôr em dia o meu anti-virus, não foi por maldade apenas falta de conhecimento humano e tecnologico, mas não prometo que não volte a acontecer. Quanto ao lugar na historia, infelizmente, não creio que esteja no meu poder a paz no mundo ou a vacina milagrosa contra a fome ou o HIV. Vou tentar, por minha parte, encontrar um caminho pouco tortuoso para aproveitar o futuro e ser feliz. aconselho-te o mesmo tratamento, daqui a um mês trocamos impressões. Beijinhos e a uma arvore de Natal não é tão feia assim. Quanto ao outro assunto, processa a Gulbenkian, onde é que ja se viu rampas assim e aproveita bem os passeios a solo por Lisboa, qualquer dia colo-me a ti e mostro-te umas coisinhas ou duas na capital, que não podem, evidentemente ser apreciadas na companhia de menores de 6 anos. Boas Festas, come tudo a que tiveres direito e o resto também.

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  3. Um Natal quente e doce em companhia. :)

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