28.2.11

Tribo. Tribo ! Tribo ?

Mãe capotada desterrada a 1760 Km da santa terra lisboeta sonha com uma vida em comunidade familiar. Será ela uma beatnik familiar em potência ? Uma lunática sem referências reais ? Uma rebelde com muitas causas ?
Na minha cabeça cabem hoje na mesma casa 4 gerações. 4 gerações que actualmente se espalham em 5 casas, muitos kilómetros, algumas chamadas telefónicas, outras reuniões e muita vontade de fazer e viver mais (e melhor).
2 cenários possíveis :
Apocalypse Now - Falta de privacidade, estilos de vida diferentes, regras e horários difíceis de conciliar.
A casa na Pradaria - Logística facilitada, eficiência na gestão de afectos, optimização de recursos financeiros, de mão de obra, maior disponibilidade e tempo.
Um dia faço um post sobre isto. Primeiro tenho que decidir se devo ler o programa do partido comunista, a obra integral de Allen Ginsberg ou fazer um visionamento rápido de todos os filmes de Pedro Almodovar.

16 comentários:

  1. Louca, só pode! Eu morria se tivesse de viver com a familia toda junta. Não tanto por laços longitudinais mas latitudinais... A familia nuclear esta muito bem, obrigada.

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  2. Oh! Não vas tão depressa... Precisei de 7 anos de emigração para escrever estas linhas.
    Teoricamente falando, admite que esta ideia tem pernas para andar.
    Coxa, talvez.
    Mas ...
    E parar de virar costas aos membros mais velhos da familia ? E dar uma ideia mais viva das raizes aos mais novos ? E o espirito de partilha entre a familia ? E desde quando é que a loucura é razão suficiente para não se pensar melhor numa ideia velha que pode virar nova ?

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  3. Vou ali falar com uma arquitecta sobre o conceito "viver junto, separadamente" e ja volto. Ouvi falar de uma colmeia com um centro comum e alvéolos à volta. Partilha e autonomia, cappicce ?
    Volto dentro de minutos/horas/dias.

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  4. Imagino as saudades que devas sentir. Eu só estou longe 200 Km e sinto tantas vezes. E como me faz bem estar com os meus amigos de juventude e famiiares mais velhos...
    Podemos virar costas a ideias predefinidas, quando sentimos que nos falta algo, para que nos sintamos melhor.
    A casa na Pradaria, respeitando a privacidade e o espaço de cada um parece-me bem. Mas preciso da ideia mais desenvolvida para a entender melhor e poder opinar.
    O capotamento fez-te bem, tu és uma mãe muito divertida ou é impressão minha? :)

    Beijinhos.

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  5. Amora - Tentativa de desenvolvimento da ideia, que aparentemente (fui googlar agorinha mesmo) se chama de habitação intergeracional ou habitat Kangurou. Basicamente consiste em viver na mesma casa com bisavos, avos, pais, filhos/netos, favorecendo a interacção entre as varias gerações. Mais do que uma simples co-habitação, seria um espaço de interajuda, troca de saberes/experiências e solidariedade. Evitaria o isolamento dos mais velhos, ajudaria a um jovem casal a encontrar uma boa babysytter, etc, etc, etc.
    O que agora andava à procura era de uma opinião de uma psicologa (a loucura e o perigo do Apocalypse Now parece-me imenente) e descobri isto aqui :
    http://www.magazine-avantages.fr/,l-avis-de-la-psy,129,394,5

    O jornalista pinta esta situação de co-habitação entre varias familias como uma tendência emergente.

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  6. Não é por serem mais velhos ou mais novos que quero conviver com este ou aquele membro da familia cada dia da minha vida. Acho que há tempos e espaços para tudo e eu preciso de muunto ar para respirar.

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  7. Gralha - Opa, eu até queria ... acho eu. Pelo menos assim, em post, parece-me bem, se a arquitecta conseguisse os tais espaços autonomos.
    PS : Ja fui asmatica, sabias ?

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  8. Estou capaz de acreditar que todos precisamos de muito espaço. Eu gosto de viver um bocadinho longe, mas tem dias que me dava muito jeito ter uma avó ou um avô por perto... Entretanto já nos habituámos à ideia de que ao fim de semana e feriados nos pomos lá em duas horas...

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  9. acho porreiro ter alguns familiares a mais de 150 km, mas há outros que tais que 30 km é a distância perfeita.

    claro que 150km para 1760km é uma tanga, mas pronto, cada um limita-se à escala que lhe calha :D

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  10. És uma querida e gosto muito de ti (não tenho tempo de ler os comentários, sorry people...; beijos a todas)
    :)

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  11. amora - Oh, não é apenas jeito. Não me entendas mal pulei de alegria quando abri pelo primeira vez a porta da MINHA primeira casa. Yuppiii ! Independência - vou fazer o que me apetece e apenas isso !! Mas... passados alguns anos, começo a pensar que, se calhar, ha outras formas de fazer as coisas. Um bom brainstorming não pode fazer mal. Ando à procura.

    **SOFIA** - Se te contasse que a escala esteve para explodir ha bem pouco tempo para terras Hong Konguesas perdia aqui toda a credibilidade, não ?

    M - Oh, beijinhos, beijinhos !

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  12. Bolas, a tua família deve ser mesmo fixe. Se a minha se parecesse com as personagens dos filmes do Almodovar, talvez também pensasse nisso. E não é que não goste da minha familia. Sou imensamente grata por ter a minha mãe por perto. Mas também já fui emigrante, ainda não tinha filhos e depois de voltar descobri que a minha visão da famelga enquanto estive longe era um bocado idealizada... Vê lá no que te metes!! ;)
    (Na verdade conheço uma família que vive assim tipo Casa na Pradaria... não é ideal. E mais não digo.)

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  13. c - é uma familia real, por isso, longe de ser perfeita. Foi o que se pode arranjar. A parte de ser emigrante da muita idealização à coisa, mas no Verão costumo passar 2 meses na casa familiar, com tudo e todos em cima e a realidade bate à porta, com o que é bom e mau. Mas, teoricamente falando, continuo a pensar que todos juntos estariamos melhor, se houvesse uma separação algures, arquitectonica, politica, eu não sei, mas apetece-me explorar a parte teorica deste conceito.

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  14. Há uns tempos tentei convencer um grupo de amigos a aderir a um conceito do género: juntarmo-nos para comprar um prédio e vivermos todos juntos, mas cada qual na sua casa. Ninguém achou boa ideia, eu própria não sei se seria, mas agrada-me essa coisa beatnikcomunitáriahippie.

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  15. Calita - Podemos sempre avançar com uma coisa beatnikcomunitáriahippie virtual, ja seria qualquer coisa, não ?

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  16. sim, sim parece-me bem. Fica a faltar aquela coisa de ter quem faça babysitting, mas definitivamente é melhor que nada.

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