Correm em mim dois rios no universo revolucionário. Se ouço a pouca sabedoria que a idade me trouxe, sei que é melhor deixar as explosões e dramas maiores para os vulcões e outras forças. Optar pela diplomacia, debates racionais e com respeito pelo outro e pelas sua liberdade de expressão-acção-abjecta. Mas só posso confessar que algo em mim se anima quando os oprimidos e injustiçados se insurgem. Mesmo quando a violência aparece e ganha forma por cima. Afinal o que são carros queimados contra vidas e famílias destruídas? Como reclamar com jeitinho quando nunca ninguém os ouviu? O que é um grito pontual contra uma vida amordaçada?
Sacrifícios humanos, lava que se projecta no ar entre nuvens e pedras mortais. tsunamis e furacões, assim se cortou a natureza humana e não-humana. Estamos neste planeta e dele fazemos parte. Com ele aprendemos e Somos. Dele viemos, para ele iremos.
A inteligência humana ou a artificial. A paixão versus a razão. Cravos vermelhos ou opressão. Terra. Lava. Morrer para renascer. Nestas veias corre sangue: Esta lava. Esta esperança de algo melhor. Mais justo. Mais inclusivo. A loucura das nossas boas intenções.
Que algo se anime ! Já vai sendo tempo.
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