Onde ninguém queria ir

Estamos de volta a casa, segunda feira começam as aulas. Tinham sido 8 semanas de 4 dias seguidas, para duas semanas de descanso e ar puro. Pode parecer um luxo para quem está habituado a estudar 5 dias por semana, sem férias entre o início das aulas e as férias de Natal, mas por aqui andava-se cansado, adormecia-se durante a sobremesa e fazia-se birras de meia noite, à hora que fosse preciso. Discuti com professores franceses estas semanas, sobre a diferença de carga horária escolar entre Portugal e França e anda tudo sem perceber nada.
...
Em Paris, quisemos ir ao Museu de História Natural pela vigésima quarta vez, mas a fila era de uma hora e meia. Passamos, por curiosidade pelo Grand Palais onde está a exposição de Hopper, que ando a namorar desde que começou. 4 horas de fila. Está tudo louco. Vamos esperar que as férias acabem para retomar ao normal.
...
Entretanto, fomos onde ninguém queria ir. A exposição de anatomia comparada. Que bela surpresa.
Difícil, foi estar sozinha com duas criaturas com ritmos tão diferentes, ela queria desenhar cada osso que via e ele quebrar records de rapidez entre o esqueleto do Tiranosauro e do Mamute.
...
E basicamente o moral da história é sempre a mesma treta. Se quiseres fazer um bolo e não tiveres ovos, procura outra receita e faz outro bolo. Vai ser diferente, vai ser sempre bom. Havendo vontade de comer.
...
Agora quero ver como vai ser o fim de semana. Um diagonóstico de angina já cá canta.
Que oportuno. Logo agora, que me andava a apetecer experimentar um great weekend, como aconselham tantas vezes nos blogues americanos. Bummer.