29.5.12

Impressionismo impressionante




Uma semana inteira a falar da catedral de Rouen, que Monet pintou umas trinta vezes. Preparei 4 folhas de papel cavalinho A3 e o que nos faltaria para desenhar e pintar. Fomos armados.
Almoçámos como se devia, lamentámos a sorte da coitada da Jeanne D'Arc, falou-se de microondas. Evitei explicações detalhadas dos vitrais da igreja ao lado, onde se contava a vida e morte de Jesus Cristo - se com o Bambi já foi o que foi. Visitámos o grande relógio. Ouvimos uma orquestra de ocasião, onde o publico se estava a dar à grande. Como gente pequena. Contornámos a pedinchice de balões.
E finalmente sentámo-nos à frente à catedral. Bom ângulo. Boa luz.
A ela apetecia-lhe desenhar o relógio, a ele jogar à bola.
Não faço ideia como é que Monet trabalhava com estas condições.

5 comentários:

  1. Os vidrais são lindos e ela parece interessada, porque é que evitaste explicar-lhe ?

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  2. Idamamalis, não houve desenho para ninguém. Tanta expectativa, tanta preparação e depois, na hora H, não lhes apeteceu. Não se força a inspiração...

    Filipa, explicar, expliquei, mas não entrei em detalhes, e passei rapidamente as partes mais impressionantes. Não lhe quero passar a mensagem dos bons contra os maus, e com 5 anos e no meio da excitação de uma visita, tenho o pressentimento que era esta a ideia que ia ficar. Talvez se me tivesse preparado antes...
    Seja como for, tenciono explicar-lhes as religiões mais importantes, para dar a ideia global da humanidade e do que é que as pessoas que são crentes (que não é o meu caso) procuram na religião. Acho que faz mais sentido começar com a ideia geral, em vez de começar a explicar uma determinada religião.
    Digo isto, mas entretanto, vamos visitando igrejas e mesquitas, antes da tal iniciação à religião. Se calhar, agora é o momento certo para o fazer.

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  3. Fazes bem começar com calma que a história é dura. Com o Bambi, idem e também com o Patinho Feio... crianças sensíveis, com o que tem de bom e de mau (mais de bom, acho, mas sofrem mais). Com Jesus foi uma desgraça na Páscoa, à mistura com o que sabia do Natal. Os miúdos na escola começaram a falar no tema e para a minha é complicado o bebé Jesus ter morrido e ressuscitado (?!?) e ter ficado sem a mãe. Aos 4 anos perguntou-me se morresse, eu morria com ela. Complicado.
    Monet, não faço ideia, será que a inspiração também chegava de crianças saltitantes?

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  4. Acho que se deve explicar tudo e não deixar lugar para duvidas que os podem complicar ainda mais, mas é verdade que existem temas mais dificeis que outros, que gostava de abordar com jeitinho.

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