18.3.13

Até que se abra a cortina


Estas duas semanas em Lisboa esticaram, como há muito duas semanas não se esticavam. Como nos bons velhos tempos, podia escrever. Melhor. Com o que de bom e mau vivi, assim, tudo junto. Haja alguma coisa ! E paciência para verificar comparações e conclusões arbitrárias.

Um concentrado de saídas e entradas, como só as "férias" dos filhos de volta a casa podem dar a viver.
Este tipo de dias podem muito bem justificar perpetuar-se uma condição escolhida de corpo distante.
Horas em que nos aproximamos do melhor que os nossos e os nossos lugares nos podem dar. E do pior, se é para viver que seja a preto e branco, que o sucesso do livro com não sei quantas tonalidades de cinzento é um mistério da humanidade que não serei eu a desvendar.
Não compreenderei tão cedo os humanos.
...
A tentar perceber a vida, fui vê-la. E no São Luiz, juntamente com pessoas do meu passado que ainda nadam no meu presente, assisti à nossa actual vida comum desfilar.
A visita da velha senhora é um espelho do que andamos a viver e que nos ajuda ver de outra forma o que os telejornais não têm sabido explicar. A velha senhora faz as vezes da Troika e os habitantes sem esperança, já se sabe quem são. Anda mais alguém perdido ? Na falta de manuais de instruções, organizam-se (dois) encontros à noite para se discutir o que se conseguir. Andamos todos a tentar.
Hoje à noite vai acontecer o segundo debate, que vai valer tanto a pena, como o primeiro em que consegui participar. Quanto mais não seja porque simplesmente vai acontecer.

"Quem não pode pagar, tem de aguentar, se quiser entrar na dança. Vocês querem entrar na dança"

Opá, corram, pá !

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