18.1.13
Aos tropeções, vou avançando. Algumas vezes para trás.
Aos tropeções, vou avançando. Algumas vezes para trás.
Tropeçando naquilo em que se transformou a minha vida e a vida dos outros. Nos sorrisos destas duas crianças-sol, que se escondem na nossa cama, fingindo-se raposas numa toca. Aos tropeções nas dificuldades de um amigo-muito-do-peito, que vai ter que fazer um tratamento doloroso e ainda tem que andar às voltas com os cortes na saúde, que outros fizeram por ele. Por nós. Outros, a quem nada é cortado.
Aos tropeções na calma em que se tornou a minha vida. Caindo, muitas vezes, na raiva de não saber como ajudar quem quero. De não empurrar quem merece. De não abraçar quem está longe.
Aos tropeções, vou avançando. Muitas vezes para trás.
Entre a felicidade na minha bolha e o desespero à minha volta. Entre o que tenho e o que não quero perder. Entre o que muitos já perderam e continuam sem conseguir agarrar.
Este não é um bom tempo para se ser feliz.
E, portanto, que outra escolha senão dançar, rir, tropeçar, chorar e gritar ?
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Sim Carla, terá de ser essa a escolha. Mas às vezes urge perguntar, e quando o desânimo entra?... Também penso muitas vezes que o tempo não é bom. Afasto esses pensamentos, mas aqui em Portugal não está fácil, não...
ResponderEliminarNão pode entrar. Tem que se conseguir dar a volta. Um dia mau é um dia mau, não é logo uma semana, um mês, um ano, uma vida má.
EliminarSempre critiquei aquela frase sobre os brasileiros, que lhes bastava Samba e futebol e estava tudo bem. Não acho nada que lá porque nos divirtamos somos uns alienados. Podemos muito bem rir numa noite e a seguir ir à luta. Aliás, muito desânimo é que nos pode deixar sentados no sofá. Gostei muito do teu post sobre o Carnaval. Este ano, até mais do que nos outros, deviamos sair à rua para dançar.
E depois para lutar. Ou antes. Ou durante.
Cantar... quem canta seus males espanta....Agora a sério (ou não, vá) eu sou apologista de viver o momento, se agora estou feliz por alguma razão, pois então vou viver este momento com toda a intensidade que ele merece/deve ser vivido. Aprendi que na hora menos pensada, tudo que era deixa de ser, que quem estava deixa de estar, e isso custa e muito, por isso se é hora de rir é para rir se é hora de chorar pois então choremos, mas cada coisa no seu tempo. Carpe Diem...
ResponderEliminarCada coisa no seu tempo. E que seja mais vezes o tempo de rir, do que o de chorar.
Eliminarestes tropecoes da vida dao um cansaco tao grande que as vezes e mesmo dificil fazer seja o que for. a unica coisa que apetece e fugir e desaparecer. o que vale e que ha sempre um dia seguinte e filhos que nos chamam de novo a vida e obrigam a rir, chorar, tropecar e gritar. o que significa que estamos vivos. e viver e bom. bom fds.
ResponderEliminarO pior é mesmo isso, cansa. E todos sabemos que cansados não se vai muito longe. Que estejemos em força para nos levantarmos sempre.
EliminarBom fim de semana para esses lados também.
Como dizem os brasileiros "rir para não chorar"...
ResponderEliminarNão, não é por ai. Esse é o perigo, a meu ver. Rir. Ponto.
EliminarE depois lutar em vez de chorar.