17.9.12

Ausência sentida

Dando pontapés involuntários nos balões metalizados da festa de há dois dias, avanço para a questão fundamental que sempre fiz por não tratar : como ser feliz a 1734 km de metade da minha vida.
Amigos que precisam de ajuda e eu não estou lá, pessoas que querem partilhar momentos importantes e eu apelo ao skype como se fosse a mesma coisa que um abraço,  manifestações fundamentais que acontecem e eu nas bancadas.
Ver outros a fazer pressão por aquilo em que se acredita, não é para todos. Mesmo que nem metade dos cartazes sejam invejados, a verdade é que me custou não fazer parte activa do dia 15. Como vai custar estar ausente no dia 21, ou no dia 29
Quanto tempo será razoável viver-se ao pé coxinho ?

4 comentários:

  1. Viver o resto da vida ao pé coxinho é demasiado para a nossa existência. Algures no caminho, saberás quando terás de regressar para essa metade da tua vida.

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  2. Continuarei sempre de pé coxinho, para regressar a uma metade da minha vida, terei que abdicar de outra metade. O que não deixa de ser engraçado, uma vez com o pé direito, outra com o pé esquerdo. Podia arranjar uma coreografia.

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  3. Com tanto saltimbanco como tu por este mundo fora, a solução é criar uma Associação Cultural e Recreativa. Com trajos regionais misturados, minhotas com bóina e acordeão, e assim. Quero um lugar honorário (posso ir de pauliteira de Miranda com botas de cowboy).

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  4. Especializar-me-ei em marrabenta (dança moçambicana que nunca dominei, mas nunca é tarde), vestida de preto e com faca e navalha (em homenagem ao fado de Lisboa, que cantar, já me aconselharam a não ir por aí) e cantarei com a dor da Piaf, que sinto que domino bem, ou pelo menos assim o pressinto na cara de quem me ouve.
    Oh, Gralha, quanto é que te devo por esta excelente ideia ?

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