Entrei numa bolha quando fui mãe. Para além do umbigo do meu recém nascido, tudo me parecia turvo e com pouco interesse. Ali mergulhei e por ali fiquei a nadar.Com os anos a passar, as pernas a andar e as asas a quererem voar, consegui ver mais longe do que o meu nariz. E vi. E senti.
Nem tudo estava bem no país das férias de Verão. Discursos pessimistas sobre o que se passava. Diálogos resignados. Onde podia haver vontade de mudança, vi encolher de ombros e desvios de assuntos.
Na semana passada um indivíduo não político fartou-se. Apelou a uma manifestação contra um elemento do governo particularmente mal colocado, não havia máquina por trás, apenas vontade que alguma coisa mude.
Quando me dirigia ontem à Assembleia da República, senti-me naquela parte dos filmes apocalípticos, quando a protagonista vai ao local onde tudo começou a correr mal, e que está prestes a explodir com o planeta e satélites, e cruza pessoas no café, a passear o cão, a andar por aí.
Não faço ideia em que bolhas estão, que todos a isso temos o direito.
Mas tantas ?
A bolha da resignação é terrível manifestamente contagiante!
ResponderEliminarNão sei se há meios termos nisto da consciencialização colectiva. Não hás de ser a única a saltar directamente da bolha para a dianteira da manif. Eu ando a precisar de ajustar a graduação das lentes, não sei bem em quantas bolhas ando metida.
ResponderEliminarÉ mesmo. Se não a arrebento nos próximos dias, rebento eu.
ResponderEliminarPara ir seguindo a actualidade :
ResponderEliminarhttp://miguelrelvasaindaeministro.com/
Pelo sim, pelo não, mais informo que amanhã haverá nova manifestação.
como é qe se arebenta as bolhas é qe eu furei o umbigo mas correo mal e agora
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