2.3.12

Vestidinhos, um clássico fundamental e outras considerações

Tendo por hábito a mesa sem contenções e os sumos de uva fermentados de fácil descida, o corpo vê-se ressentido. A cabeça muito menos. E se o Variações tinha razão e boa voz - moço virtuoso - nem tudo é assim tão grave quando não há juízo. A cinturinha de Vespa a mim não me assiste e depois ?
Se o deporto infiltrou-se leve, levemente neste blogue é por um desejo de dinamismo e contacto com a natureza - essa nossa outra mãe - e a ausência de curvas não é uma meta a atingir.
Vivo rodeada de uma amantissima miopia, que me convem como uma luva, e mantenho-me longe de open spaces, onde proliferam mézinha laxativas e olhares comparativos nocivos à felicidade duradoura. Sou pneumática e vivo bem com isso, como num maravilhoso mundo novo.
Não estou sozinha, a maternidade revisitada é constante na minha entourage e a ausência de esforços para negar o evidente é abundante. Não deixa por isso de ser uma triste constatação a escassez de vestidinhos que nos convém. Publicidades da Triumph  e cadeias de roupa para adolescentes avessas às delicias dos croissants au chocolat do Bérnard à parte; e não se vê nascer por ai criadores criativos que nos metam em valor. Sacos de batata, adaptações e outras misérias... e tantos corpos desejáveis escondidos por esta moda de costas para uma outra beleza.  A recusa a ser cabides pode-se pagar caro. E é num momento de poupança e alternativas que vivemos. Desenhem e costurem para corpos reais, hedonistas e felizes. Bolas !
De Berlim.

Uma consideração à parte : dei por mim a reler os Maias, depois daquela eficaz campanha da Fnac. Era este o objectivo escondido afinal, relembrar classicos lidos na adolescência,  no final. Bravos marketeers !





3 comentários:

  1. até eu já fui à estante folhear os maias :)

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  2. Eu folhei do principio ao fim. Da primeira leitura, aos 10 anos, mais coisa menos coisa, apenas me lembrava das aventuras comuns dos irmãos Maia... Tudo o resto foi como se fosse a primeira vez.

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  3. Eu folhei do principio ao fim. Da primeira leitura, aos 10 anos, mais coisa menos coisa, apenas me lembrava das aventuras comuns dos irmãos Maia... Tudo o resto foi como se fosse a primeira vez.

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