16.1.12

E a perseguição da felicidade

Planos de viagens, museus, filmes, livros. Tentar perceber que vida viver. Quem ser. Ouvir música. Muito. Por vezes a mesma 5 vezes seguidas. Não, às vezes a mesma 25 vezes seguidas e só parar porque alguém chegou. Fazer mais planos para participar em concertos do lado de fora do palco, o que normalmente implica saltos, suor, abraços e histeria. Estabelecer estratagemas complicadíssimos, que envolvem muita gente, para agradar avós. Esta parte pode parecer gratidão. Esta parte até pode, efectivamente, fazer parte da gratidão. Mas o verdadeiro lei motiv é a felicidade umbiguista. Usar a liberdade para se concentrar num trabalho apenas de cada vez, mas mudar de actividade sempre que o instinto ou a razão assim o entenderem. O coração também tem voto na matéria. Ter filhos por se suspeitar que daí advenha felicidade, não andar enganada, mas ser surpreendida pela quantidade de emoções e de paixão. E de energia. Que anda à volta, que sai e que entra. Não poder falar de filhos, tudo parece deslavado se usamos a realidade como comparação. Fazer sobremesas e partilhar. Mesmo se nem sempre a maior parte vai para os outros... Espantar-se com a sorte que se tem com a pessoa com quem se vive. E tentar tirar o melhor partido de quem nos faz falta. Esta parte é dificil, mas faz parte da perseguição. Aprender também. E aceitar o erro. Tentar novamente. Mas já alguém disse isto antes. Não é desta que vou registar patentes. Nem sequer um antidepressivo de base.

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Pessoas

Nomadas e sedentarios