7.3.11

O pai é uma mãe como as outras

Aqui na rua há um mistério. Imaginem um casal normalzinho, homem e mulher comuns, com dois filhos - a descrição é verdadeira, o casal em questão existe, mas adoro este início de frase à John Lennon You may sayyyyy I'm a dreameeeeeer/ but I'm not the only uuuoooone.
Básico. Fácil.
Um dos pais  não trabalha e fica em casa a tratar dos filhos, a trocar receitas de crepes com as vizinhas que também ficam em casa, a divigar sobre as melhores actividades extra-curriculares, métodos educativos e outros assuntos fundamentais.
O hic é que este "um dos pais" é o pai.
E é ele que me explica que não suportaria trabalhar a pensar que é um desconhecido que educa os seus filhos. E que não percebe porque é que tem que ser sempre a mulher a assumir este papel. Aqui em casa também há um pai que o quer fazer, mas eu resisto. Afinal, fui eu que tive a ideia primeiro. Esta última frase parece saída do recreio da pré-primária, mas é mesmo assim, mais coisa, menos coisa. Não há muitas mais razões que explicam porque é que sou eu que trepo pelas paredes ao som de birras e teimosias, enquanto que ele o faz ao som de e-mails profissionais.
Sentir-se-á, aquela mãe diferente do que o pai dos meus filhos, quando vai no caminho do escritório ?

Um PS tendencioso e algo gratuito, mas que apenas será lido por leitoras mais atentas a pormenores, por isso mais conscientes das técnicas de manipulação : Os filhos são um bocadinho agressivos... 

7 comentários:

  1. Existem homem assim??? Eu sabia!!! Eu Sabia!!! Tantas e tantas vezes eu dizia que existiam homens assim, mas de tanto me contrariarem e de o que tenho cá em casa querer convencer-me que é tudo invençao minha, que quase acreditei... eis que hoje fez-se luz. Quero um vizinho assim... Quero conhecer!!!!...
    Cá em casa sou eu que fico - por opçao e por devoçao e amor,claro- e não me arrependo só tenho pena que nas horas dificeis (que tb as há) ouvir: "tu é que escolheste agora aguenta". Depois remata: Eu não tomaria esta opçao mas apoio-te!
    Eduarda

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  2. Cá em casa, podendo, seria certamente o pai a ficar. Irra. Arre. Ptchuiff.

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  3. Isso é a situação perfeita, quando um dos pais, seja qual deles for, deseja realmente fazer isso. Quanto a vocês, reserva-lhe a adolescência dos minúsculos e ficam todos contentes :)

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  4. por aqui tb escolhi ser eu, e tb tenho alturas que "trepei" pelas paredes com conflitos entre elas, mas agora que já estão mais crescidas ( 11 e 7 anos) noto que estou a começar a sentir a sensação de inutil, ao tentar encontrar outras ocupações, leia-se mais trabalho mas este rumenerado, não encontro nada ora é pelos 36 anos pelo pequeno curriculum....vou-me desforrando qd ajudo no trabalho do marido...mas noto que ele se aproveita e "encosta-se" a mim e se reclamo diz " queres trocar?".....nã não me parece que ele consiga dar conta do recado.

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  5. O pai aqui de casa se pudesse também o faria. Mas só a parte de ficar em casa com os miúdos, porque trocar receitas e afins, menos. Não sendo possível, não fica nenhum. Ou os dois, por fases que o trabalho precário vai possibilitando :)

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  6. Eduarda - Claro que existem e poderia existir muitos mais nos paises latinos (outras educações...).

    Zuza - Foi apenas uma provocação (da qual tenho alguma vergonha).

    Melissinha - Ptchuiff ? No meu blogue ???!!!!

    Gralha - Como ousas ?? és maquiavélica !!!
    (off the record : Vou anotar e mais tarde utilizar, fico-te a dever esta!)

    akombi - Trabalho remunerado pode ser muito bom, por ser remunerado e não so ... com um bocadinho de ginastica acredito que conseguisses um. Agora é saber se o queres. Mas também ha outras ocupações igualmente recompensadoras. Podes tratar de ti. Agora podes ;)

    c - Oh! As alegrias do trabalho precario...

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