Eu, mãe coragem, contra o rosa obrigatório

Quando soube que ía ter uma menina, depois de todas as emoções que implicam as novidades da maternidade, comecei a apreender a invasão pink na minha vida. Luta que comecei aos 4 anos quando recusei os vestidos de folhos que a minha mãe me queria impinjir. As prendas rosa "para rapariga" começaram, ainda a Minúscula não tinha nascido, ainda a Minúscula não tinha nome. Os comentários das vendedoras apareceram, quando viam o que eu escolhia, são gémeos ? Só porque nem tudo era "para menina".
Fui gerindo a "coisa", mas agora, já há algum tempo, a Minúscula tem vontade própria. As cores preferidas são o vermelho e o ... rosa. Why ? Why ? E depois há as bonecas rosa, os filmes para menina, os livros de princesa, as Hello Kitty, as ... aaarrrrgghhhhh!
Não sou tirana, às vezes até lhe trago eu coisas deste género, afinal, que moral tenho eu, que me passeio com a minha Tucha por todo o lado.
O me me faz comichão nas costas, aqui do lado esquerdo em cima, é a obrigatoriedade, a exclusividade.
E é esta a minha mini lutinha, de que venho falar neste meu humilde post.
A abertura de espírito ! A Minúscula pediu-me para fazer ballet, a culpa é do avô, que lhe está sempre a ler a Anita no Ballet, também é minha que a levei a ver o Quebra Nozes no Tivoli, é da professora que diz que as meninas isto e o rapazes aquilo... Mas também vai jogar à bola, trepar árvores, aparafusar parafusos.
A Minúscula quando crescer vai ser o que ela quizer. E não o que tiver que ser, só porque é menina.
Bolas, este post parece que foi escrito no tempo dos meus bisavós, já devia estar fora de moda...
Somos mulheres independentes - podem queimar os vossos soutiãs !