11.9.17

rentrée dois mil e dezasete num post bala

Do avião fotografo os jardins de Versailles. Há nuvens em cima de Paris.
Chego ao aeroporto sem saber se este vai ser o meu último ano aqui.
Tiro fotos das ruas que quero levar comigo e
lembro-me de coisas que o meu pai me disse que não queria ter ouvido.
Iludida, digo-me que depois logo decidirei.
Ouço falar de um livro que quero folhear numa livraria : "L'art de perdre".
Temporizo.

Fomos ao Pompidou ver arte moderna, mas fiquei o tempo todo a olhar para o meu namorado e para os meus filhos, agora sou muito mais contemporânea.
Foi uma opção de vida. Tomara que seja feliz assim.
No primeiro domingo do mês, as pessoas fazem bicha em forma de serpente.
Não gosto da palavra fila, nem de bichas ordeiras.

Enchi a casa de plantas verdes e velas brancas.
(Começo a gostar destas paredes)
Uma selva com cheiro a monoï, com roupas espalhadas pelo sofá.
Um dia, vou nadar no mar profundo de uma ilha perto de Tahiti.
Quero andar descalça já, mas o frio parisiense veste-me pantufas.
Sou apenas mais uma confort victim, afinal.

Vi o Patterson este Verão no cinema Ideal com a minha prima
depois fomos beber gin
Como sempre.


3 comentários:

  1. Long time no see! Espero que não tornes a ausentar-te tanto tempo. Aparece!

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  2. "Último ano aqui"? Como assim, vais partir?
    (Tão bom este regresso)

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